De onde vinherão os goticos.
Gótico" em primeira estância, significa: relativo aos Godos, Godos [do inglês "Goths"] eram os chamados "bárbaros", porque sua arte e cultura eram menosprezadas e, principalmente, porque não sabiam falar grego uma confederação de tribos germânicas que invdiu o Império Romano durante o séc. III d. C. depois disso, esses povos "bárbaros foram divididos em "visigoths" (visigodos) e "ostrogoth" ostrogodos e foram os primeiros povos germãnicos a se converterem ao cristianismo.
A primeira distorção do adjetivo data da Renascença. Os italianos achavam que a arte clássica, que admiravam e procuravam reviver, fora corrom pida na Idade Média pelos cristãos. Assim sendo, fizeram dos godos seu "bode expiatório' e taxaram pejorativamente toda a arte medieval (cristã) de gótica, ampliando assim o sentido da palavra. Até hoje, a arquitetura que tomou o lugar da romântica na construção das igrejas e catedrais européias caracterizada pelas altas givas, vitrais religiosos e gárgulas é denominada como gótica. O fato é que a arqutetura gótica é bastante inspiradora, bonita, porém não há ligação histórica alguma com o mundo gótico musical. A pintura de manuscritos dessa época, assim como suas letras, ricamente detalhadas, receberam o mesmo rótulo assim como a literatura vigente na época.
Obras literárias também carregaram o rótulo de góticas. Em 1764, o escritor inglês Horace Walpole publicou "The Castle of Otranto". Com forte influência de Milton e das novelas de terror (grande partes delas eram cópias vulgares de Macbeth, tragédia de Shakespeare). O livro foi considerado a primeira novela gótica. Estas novelas eram vistas como uma subdivisão das novelas de terror, que se diferenciava por seu mistério (a morbidez, o horror melancólico substituíam o medo físico). O sobrenatural era largamente explorado e elas eram assim chamadas porque geralmente eram ambientadas em casarões ou castelos medievais (nesse caso, o estilo poderia ter qualquer outro nome, e agora, pela segunda vez distorcido, já não continha mais nada do seu significado original). Herança destas lúngebres sementes, desenvolveu- se o romantismo negro, que teceu o tédio e a decadência nos tons da estética gótica. Nomes como Lord Byron, Percy e Mary Shelley (autora de Frankenstein), Edgar Allan Poe, Charles Bauderaire e Álvares de Azevedo podem ser aí incluídos... No começo do século, marcada pela Primeira Guerra Mundial, a Alemanha via suas artes parindo monstruosidades. E foi nesse contexto, no silêncio do expressionismo alemão, que o horror gótico teve seu berço no cinema.
O Gigante de Barro de "O Golen" (1915), de Paul Wegner; o Sonâmbulo cadavérico de "O Gabinete do Dr. Caligari" (1919), de Robert Wiene; e o atrofiado vampiro de "Nosferatu - Uma Sinfonia do Horror" (1922), de F. Murnau são exemplos de fantasmagóricos personagens desta escola cinematográfica projetados à luz e sombra. Com "O Fantasma da Ópera" (1925), de Rupert Julian, e "London After Midnight", de Tod Browning (ambos estrelados por Lon Chaney), os EUA acolhem o estilo e trasnformam o terror em entreterimento de massa, produzindo clássicos do terror gótico durante toda a década de 30: "Drácula" (1931); "Frankenstein" (1932) e "A Noiva de Frankenstein" (1935) são alguns dos frutos desta época.
...........Na música, o primeiro uso (notificado) do termo foi feito pelo inglês Anthony H. Wilson, num programa de 1978 da TV BBC, onde el descreveu o Joy Division como sendo gótico comparado ao pop em voga. Neste caso, provavelmente, "gótico" foi usado por remeter o passado, em função do romantismo anacrônico da banda. Em 1979, o Bauhaus lança seu single de estréia, "Bela Lugosi is Dead". A música foi originalmente concebida como uma brincadeira, porém, além de uma atmosfera sombria ela evoca em sua letra imagens típicas de velhos filmes vampíricos como flores murchas e caixões e por isso atraiu para a banda o rótulo de "gótica". Aqui temos duas bandas musicalmente diferentes carregando o mesmo rótulo por motivos também diferentes... A popularização do termo, entretanto, só ocorreu mais tarde, quando Siouxsie Sioux o usou para descrever a nova direção que a banda tomava; e Ian Astbury (Southern Death Cult) descreveu andi (Sex Gang Children) como um "duende gótico" :...........Essas são as palavras de Ian segundo uma entrevista da Alternative Press em 94:..........."O glichê gótico foi um pedaço de uma piada. Um dos grupos que estavam na mesma altura ao mesmo tempo que Southern Death Cult esa o Sex Gang Children, e Andi - ele costumava se vestir como um fã dos Banshees, e eu me acostumei a chamá - lo de duende gótico porque ele era uma cara baixinho e sombrio. ele gostava de Edith Piaf e sua música macabra, e ele vivia num prédio em Brixton [UK] chamado "Visigoth Towers". Então ele era o pegueno "Gothic Goblin" e seus seguidores eram os "Goths". É disso que o termo "goth" surguiu."...........A partir daí, algumas revistas inglesas passaram então a agrupar essas bandas como góticas, baseando- se mais no seu visual do que em sua música. O Sisters Of Mercy foi aí inserido e quando sua formação se dividiu, Wayne Hussey carregou o rótulo ao fundar o Mission. Como consequência, um circuito de casas noturnas que divulgavam o estilo foi inaugurado. Em Londres, a Bat Cave foi notória (em São Paulo, na virada da década de 80 para 90, a Treibhaus teve o mesmo papel). Nestas casas, a música foi referência para a consolidação de um "comportamento" de forte influência punk, porém, com mais aspectos estilísticos e estéticos do que ideológicos, caracterizando a "Dark Wave" (onda Obscura) como uma sub-cultura ao invés de um movimento. Entretanto, gótico passa a ser um adjetivo subjetivo, que não deve ser proclamado, e sim, considerado como tal.
3 comentários:
ki fera meu sou emo
mais axo so goticos mto massa..
sim os goticos assim como eu somos tristes e simplismente morbidos mais como podemos fiver em um mundo onde não respeitam nossa cultura???
muito legal... você pesquisou essas coisas?
Postar um comentário